Assim que as notícias sobre o fechamento de alguns business surgiram, André Galvão decidiu fechar sua academia de forma antecipada e pensou que seria uma coisa rápida e passageira, diferentemente de como aconteceu. Vendo várias academias sofrendo o impacto econômico em todo mundo e algumas fechando definitivamente. Com a suspensão dos eventos pela Federação Internacional, ficou claro a real gravidade da situação, sua academia permaneceu fechada por 75 dias. Segundo ele, foi triste ver como algumas pessoas perderam suas academias e como isso estava impactando na vida das pessoas, principalmente com tantas vidas perdidas pro Covid-19. Realmente uma fase bem complicada, completa.

Segundo André Galvão, os atletas tiveram que treinar somente para manter o pouco do condicionamento, principalmente no primeiro mês onde treinaram conforme podiam com corridas e treinos com peso corporal (flexão de braço, barra, abdominal, etc). num segundo momento treinavam com pessoas mais próximas em casa mesmo. Aqui nos EUA conseguir um tatame e fácil, você consegue achar na internet por um bom preço, acrescenta André Galvão, dizendo que muitos alunos fizeram isso.

Outra realidade são os treinos por videoconferência; “a gente fez treinamento de vídeos com as crianças, nossas crianças tiveram aulas virtuais onde elas praticavam a parte física. Não tive aula em vídeo online ao vivo com os adultos, pois já tinha a minha plataforma online www.atosbjjonline.com Já tenho está plataforma de aulas online há mais de 5 anos onde pessoas do mundo todo acessam nossas aulas”. Muitas academias abriram a sua própria plataforma, surgiram muitas ideias de aulas, cursos online. O ser humano ficou mais dependente da internet neste período. Esse mercado cresceu muito! Acrescenta André Galvão.

Como competidor André Galvão conta que até agora não sabem quando as competições irão voltar ao normal na agenda da Federação Internacional IBJJF. Ele disse que está ocorrendo algumas competições fechadas para o público em alguns estados, organizadas por entidades particulares, sendo lutas casadas com transmissões pela internet e canais específicos.

Outro fato importante é a questão do impacto econômico no funcionamento do seu business, tendo em vista, a forte queda de faturamento com mensalidades e venda de produtos. Apesar da crise, muitos alunos continuaram apoiando com o pagamento da mensalidade, cerca de 25% dos alunos. Com a reabertura da academia mais da metade já retornaram aos treinos, comemora André Galvão, e diz estar impressionado pois muitos destes alunos pós-lockdown são novos praticantes do Jiu-Jitsu. Por outro lado o número de crianças diminuiu muito porque precisam dos pais para irem treinar e muitos também vivem com avós, exigindo mais cautela quanto ao Covid-19. Em conversa com seus alunos, muitos sinalizam retornarem após o verão assim recuperando a capacidade total da academia. Temos também a nossa Associação, onde temos academias espalhadas pelo mundo.